Atacante palmeirense afirma que mudou estilo 'doidão' para conseguir chegar à Seleção Brasileira e por entender a sua importância dentro do time

Quando criança, arrumava confusão no futebol, no baralho, na bolinha de gude e até se perdia uma pipa"
Kleber
Para chegar ao time de Mano Menezes e evitar prejudicar sua equipe com expulsões, Kleber dispensou a opinião de psicólogos, amigos e até dos pais. O camisa 30 palmeirense não gosta que o critiquem e nem que tentem explorar os seus sentimentos. Prefere criar a sua própria psicologia para lidar com os problemas. Sozinho, conseguiu abandonar o estilo "doidão", que o acompanhava desde criança.
- Não sei falar o que foi. Continuo a mesma pessoa. Mas acho que agora os árbitros entendem mais o meu estilo e eu mesmo passei a me policiar mais. Sei a importância que tenho em campo. E acho que tem a ver com meus sonhos também, de chegar à Seleção Brasileira e algumas outras metas. Acho que, às vezes, eu perdia o controle pela vontade de querer ganhar. Continuo sem gostar de perder, mas estou mais tranquilo. Quando criança, eu não gostava de perder e ver alguém tirando sarro, não aceitava, não me descia isso. Chorava, ficava doidão. Eu arrumava confusão no futebol, no baralho, na bolinha de gude e até se perdia uma pipa. Eu ficava louco - disse o atleta ao ESPORTE.COM
A mudança de comportamento fez com que ganhasse a confiança de Luiz Felipe Scolari. Ao lado de Marcos Assunção, Edinho, Danilo e Marcos, que está machucado, o jogador agora figura como um dos representantes do treinador em campo. E ganhou até a braçadeira de capitão.
- Nunca fui capitão de time, mas sempre tive espírito de liderança. Isso aconteceu aqui no Palmeiras em 2008, no Cruzeiro, quando eu falava com o presidente e os diretores pelo time ou com o Adilson Batista (agora no Corinthians). Acho que tenho isso até por não gostar de perder.

O Neymar pode evitar muita coisa e não passar pelo que eu já passei"
Kleber
- O título do Brasileiro está meio distante. É claro que ainda faltam muitos pontos e jogos para serem disputados, mas são apenas três vagas para a Libertadores, que é o nosso objetivo. Começamos a pegar um pouco tarde. Se os adversários bobearem e começarem a perder, entramos na briga. Mas o principal agora é a Sul-Americana (que também dá vaga à Libertadores ao campeão).
E com seu novo comportamento em campo, de evitar entrar em atrito com os rivais, ele também se sente à vontade para dar alguns conselhos a Neymar, atacante do Santos. Vendo que a estrela santista tem se envolvido em constantes ações polêmicas, Kleber alertou para que o jogador do Peixe tome mais cuidado nas suas atitudes.
- Às vezes as coisas no Brasil acontecem rápido e passam do limite. Tem uma expectativa grande em cima dele. E ele tem feito por onde para ser considerado assim. Mas tem de saber que vai ser provocado, porque é referência, e não pode cair nessa. Tem de jogar futebol e não se envolver em polêmicas. O Neymar pode evitar muita coisa e não passar pelo que eu já passei.

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